Câncer de colo de útero e HPV: quais são os nossos desafios?

Pesquisa destaca disparidades regionais que afastam mulheres do diagnóstico

Uma nova pesquisa revelou grandes disparidades regionais na conscientização sobre o HPV e a realização de exames preventivos, mostrando que muitas mulheres ainda desconhecem a ligação entre o HPV e o câncer de Colo do Útero.

HPV, ou papilomavírus humano, é a principal causa de câncer do colo do útero,2 no entanto,  até metade do público em geral permanece sem conhecimento dessa conexão. Uma pesquisa recente do GWI,  patrocinada pela Roche em 12 países da América Latina e Europa, destaca uma lacuna evidente na conscientização pública sobre o HPV e enfatiza a urgência na melhoria da educação e ampliamento ao acesso a exames de rastreamento1.

Mal-entendidos frequentes e obstáculos ao rastreamento

A pesquisa, que reuniu respostas de mais de 8.700 pessoas, revela que metade da população tem uma compreensão limitada sobre o HPV, com quase um terço dos entrevistados não sabendo ou não tendo certeza sobre o tema. Essa falta de conscientização é preocupante, considerando que o HPV — uma infecção sexualmente transmissível comum — é responsável por mais de 99% dos cânceres do colo do útero,2  que resultam em mais de 340.000 mortes em todo o mundo anualmente3.

A pesquisa destaca diferenças regionais significativas na conscientização e nas práticas de rastreamento do HPV. Na América Latina, entre 73% e 89% das mulheres entrevistadas tinham algum conhecimento sobre o HPV, enquanto na Europa essa porcentagem variou de 50% a 78%.

Nos países europeus, onde o rastreamento é mais facilmente acessível, a compreensão sobre o papel crucial do HPV no câncer do colo do útero é mais limitada do que nos países latino-americanos, onde o acesso ao rastreamento é geralmente mais difícil. Essa discrepância evidencia que tanto o acesso ao rastreamento quanto a conscientização pública são fundamentais na luta contra o câncer do colo do útero. Sem uma educação adequada, mesmo os serviços de saúde disponíveis podem ser subutilizados; e sem acesso apropriado. Apenas a conscientização não é suficiente para realizar plenamente os esforços globais de prevenção.

No entanto, esses esforços têm o potencial de salvar milhões de vidas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu metas ambiciosas para o combate ao câncer do colo do útero, visando garantir que, até 2030, 90% das meninas até 15 anos sejam vacinadas contra o HPV, e 70% das mulheres façam o teste preventivo até os 35 anos e novamente aos 45.4 Com o potencial de prevenir mais de 62 milhões de mortes no próximo século,4 essa iniciativa global só poderá ter sucesso com esforços conjuntos dos sistemas de saúde em todo o mundo. 

“A pesquisa da GWI, patrocinada pela Roche, mostra que metade da população tem uma compreensão limitada sobre o HPV. Existem barreiras significativas que dificultam o rastreamento pelas mulheres, mas mais de 70% delas expressam interesse na opção do autoteste. Clique aqui para ler o relatório completo.”

Detectando os principais obstáculos

Embora o câncer do colo do útero seja altamente prevenível por meio de rastreamento adequado e vacinação contra o HPV, a pesquisa aponta barreiras significativas que dificultam a busca por testes. As preocupações mais comuns incluem a dor potencial do procedimento (mencionada por até 63% dos entrevistados em alguns países) e o desconforto em discutir o histórico sexual com os profissionais de saúde (relatado por até 57% em algumas regiões). Essas barreiras são especialmente marcantes em países com poucos recursos, onde ocorrem nove em cada dez mortes por câncer do colo do útero.3

Aumento do interesse pelo autoteste

Uma das descobertas promissoras da pesquisa é o grande interesse pelo autoteste para HPV. Mais de 70% dos entrevistados demonstraram disposição para coletar suas próprias amostras, se essa opção fosse disponibilizada, o que poderia ajudar a superar barreiras como o estigma e o constrangimento associados à coleta realizada por profissionais de saúde. O interesse pelo autoteste foi especialmente elevado nos países da América Latina, onde a infraestrutura limitada e as dificuldades de agendamento tornam o rastreamento rotineiro mais desafiador.

Aproveitando esforços colaborativos para um impacto maior

O compromisso da Roche em melhorar a conscientização e o rastreamento do HPV é evidenciado por meio de parcerias com sistemas de saúde e governos em mais de 55 países. Iniciativas específicas, como a colaboração com o Ministério da Saúde do Peru, permitiram que mais de 300.000 mulheres não rastreadas ou sub-rastreadas tivessem acesso a testes de HPV utilizando as soluções de autoteste da Roche. Além disso, o portfólio abrangente da Roche para o câncer do colo do útero garante que os profissionais de saúde tenham as ferramentas necessárias para um rastreamento e diagnóstico precisos e eficientes, ampliando ainda mais seu impacto.

À medida que a meta de 2030 para eliminar o câncer do colo do útero se aproxima, os resultados desta pesquisa destacam a necessidade urgente de compromissos mais intensos por parte de governos, sistemas de saúde e comunidades para abordar as lacunas na conscientização e no acesso ao rastreamento. A Roche tem orgulho de desempenhar um papel fundamental nesse esforço, fornecendo soluções que superam algumas das principais barreiras relatadas pelas mulheres e ajudando a levar rastreamentos que salvam vidas a milhões de mulheres em todo o mundo.

Referências

  1. Estudo de compreensão da saúde do HPV da GWI/Roche 2024.

  2. Centros de Controle de Doenças, Cânceres causados ​​por HPV https://www.cdc.gov/hpv/parents/cancer.html#:~:text=Cervical%20cancer%20and%20HPV,be%20prevented%20by%20HPV%20vaccination.

  3. Organização Mundial de Saúde. Estratégia global para acelerar a eliminação do cancro do colo do útero como problema de saúde pública. Artigo [Internet; atualizado em 17 de novembro de 2020; citado em 3 de janeiro de 2023] Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240014107

Organização Mundial da Saúde (2022). Câncer do Colo do Útero. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cervical-cancer

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