Estimativas mostram que o hábito de fumar leva ao surgimento de doenças que matam 200 mil pessoas por ano no Brasil. O tabagismo está fortemente associado ao câncer. De cada 100 pacientes que desenvolvem a doença, 30 são fumantes. A relação do cigarro com o câncer de pulmão é ainda mais próxima: 90% dos casos da doença ocorrem entre fumantes.1
O tabagismo tem relação com vários tipos de câncer além do de pulmão, como: cavidade oral, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo do útero e leucemias. E é responsável por cerca de 30% das mortes por câncer.3
Entre aqueles que fumam há muitos anos, há quem diga que não vale a pena parar, pois o dano já estaria feito. Não é o que informam os especialistas. Os prejuízos do tabagismo são cumulativos: quanto mais tempo uma pessoa fuma maior será o seu risco de vir a sofrer doenças que poderão levá-la à morte. Os benefícios para quem larga o cigarro, por sua vez, começam a serem sentidos rapidamente: 20 minutos após a última tragada, já se observa a regularização dos batimentos do coração. Dez anos sem fumar significam reduções importantes nos riscos de infarto, derrame e câncer de pulmão.1
Para quem recebeu o diagnóstico de câncer, também não faltam motivos para deixar de fumar. Prosseguir com o fumo pode contribuir para levar a resultados piores no tratamento da doença. Pacientes com câncer que fumam não só têm maiores riscos de recorrência do tumor, como estão mais expostos ao surgimento de novos tumores e de outras doenças, como osteoporose, obesidade, doenças do coração e diabetes.2
Referências
Oncoguia. 10 mitos persistentes sobre parar de fumar. Disponível em
Cantarino, Cristina, Cantarino, Clarisse Santiago. O tratamento de tabagismo para o paciente com câncer. Rede Câncer. Disponível em http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/774589004eb6935c89259bf11fae00ee/RC_16_artigo.pdf?MOD=AJPERES
Instituto Nacional do Câncer. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/cancer/site/prevencao-fatores-de-risco/tabagismo