Perguntas e respostas sobre testagem

Confira as principais questões sobre a testagem da COVID-19 para manter-se informado durante a pandemia

Para os especialistas em todos os países afetados pela pandemia, um fato é indiscutível: testes precisos e de alta qualidade são essenciais para conter e controlar essa ameaça à saúde global. Por isso, trouxemos aqui as principais dúvidas para ajudar você a entender melhor sobre o tema e saber como aprimorar os cuidados com a sua jornada da saúde ao lado do seu médico.

Os testes de alta qualidade são uma parte essencial da resposta à pandemia COVID-19 para:

Há uma crescente variedade e disponibilidade de testes relacionados ao SARS-CoV-2. Entre tantas opções, é preciso ficar atento aos três fatores que auxiliam na escolha do teste adequado: Estágio da doença, local do teste e objetivo do teste.

Hoje existem basicamente três tipos de teste para o diagnóstico da COVID-19. São eles:

Os testes para COVID-19 são realizados em dois momentos: suspeita de infecção ou para avaliação da produção de anticorpos após contato prévio e auxiliar na compreensão da resposta imune diante dos diferentes tipos de vacinas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o teste de diagnóstico preciso e utilizado no momento certo é essencial na prevenção e controle da disseminação de COVID-19. De acordo com a organização, todos os indivíduos que estejam com suspeita, devem ser testados, independentemente de terem sido vacinados ou já tenham tido a doença. O teste de indivíduos assintomáticos com RT-PCR ou antígeno é recomendado apenas para grupos específicos frequentemente expostos, como profissionais de saúde e trabalhadores de instituições de cuidados de longa duração, ou em caso de contato prévio.

Para pessoas que tiveram contato com indivíduos infectados ou que apresentam sintomas de SARS-CoV-2 o indicado é realizar o teste de antígeno em até 5 a 7 dias do início dos sintomas ou contato, ou teste de PCR em até 8 dias após o início dos sintomas ou contato.2 De forma geral, recomenda-se isolamento social por 14 dias e observar o surgimento de algum sintoma. A partir do 7º dia após o início dos sintomas, o teste recomendado é o de anticorpos para avaliar sua produção e compreender melhor a resposta imune do paciente. Para saber mais sobre o teste mais adequado,

Existem dois testes focados em diagnosticar a COVID-19 na fase aguda da doença: o RT-PCR e o teste de antígeno. O primeiro, RT-PCR, é considerado padrão ouro e detecta o RNA do vírus dando uma resposta positiva ou negativa para a infecção com especificidade e sensibilidade próximas a 100%. Já o teste de antígeno pode ser realizado no laboratório, mas também no local onde o paciente está, o conhecido teste rápido. O exame de antígeno laboratorial possibilita a realização das análises de forma automatizada, ou seja, o laboratório pode processar diversas amostras ao mesmo tempo de forma segura e precisa, garantindo maior eficácia e rastreabilidade em todo processo. Por outro lado, o teste rápido, por ser portátil e de fácil manuseio, permite ampliar o acesso ao diagnóstico seguro próximo ao paciente em apenas 15 minutos com uma qualidade similar ao teste laboratorial (especificidade de 99,9% e sensibilidade de 94,5%). É importante ressaltar que em caso de sintomas e/ou contato com pessoas infectadas, você deve procurar o seu médico para que tenha o cuidado e acompanhamento adequado.

Caso você tenha tido contato com uma pessoa infectada, o recomendado é realizar o teste de antígeno, laboratorial ou rápido, entre em até 5 a 7 dias do início dos sintomas ou contato, ou o exame de RT-PCR em até 8 dias do início dos sintomas ou contato.

Para saber se você já desenvolveu anticorpos contra o SARS-CoV-2, por infecção prévia, é possível realizar os testes sorológicos que identificam anticorpos e devem ser realizados a partir do 8º dia do aparecimento dos sintomas ou contato com pessoa infectada. O teste possui alta correlação com os anticorpos neutralizantes do vírus, que estão envolvidos na resposta imune contra a COVID-19.

A diversidade de testes disponíveis no mercado tem sido um grande desafio, principalmente quando há falta de clareza nas informações. O fato é que a nova geração de testes rápidos apresentam uma qualidade similar aos testes de laboratório, sendo uma ferramenta importante para trazer agilidade e segurança no diagnóstico da COVID-19, aprimorando a gestão dos pacientes. Sempre que houver a necessidade de realizar um teste, é importante atentar-se na sua sensibilidade e especificidade. Testes mais precisos e seguros devem ter sensibilidade maior ou igual a 90% e especificidade igual ou superior a 97%. Lembre-se: na dúvida, consulte seu médico e converse sobre as opções disponíveis no mercado.

O teste de antígeno detecta a presença do antígeno do vírus da COVID-19 por meio de análise de swab de nasofaringe e/ou orofaringe. Eles são utilizados na fase inicial da infecção para identificar as pessoas que estão com a doença ou não. Já o teste de anticorpos é realizado por análise de amostra de sangue e serve para avaliar a produção de anticorpos gerados após infecção prévia ou vacinação.

Ainda não há um protocolo de testagem definido mundialmente, mas algumas das principais instituições de saúde no mundo já publicaram suas recomendações. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, recomenda-se realizar a testagem no mínimo uma vez por semana para triagem de pessoas assintomáticas.3 Já para aqueles que apresentam sintomas a recomendação é realizar o teste o mais rápido possível, mesmo que fora da periodicidade definida. Indivíduos completamente vacinados sem sintomas, mesmo se tiverem contato com indivíduos confirmados para COVID-19, devem seguir o protocolo de testagem habitual.3 Já o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido recomenda a testagem utilizando os teste rápidos de antígeno duas vezes por semana.4

É importante lembrar que a implementação da testagem periódica não substitui as outras medidas de prevenção como a vacinação, distanciamento social, uso de máscara, higiene das mãos, limpeza e desinfecção.

A confiabilidade de um teste vai depender de sua sensibilidade e especificidade. Por isso, sempre que houver a necessidade de realizar um teste, é importante atentar-se na sua sensibilidade e especificidade. Testes mais precisos e seguros devem ter sensibilidade igual ou maior que 90% e especificidade igual ou superior a 97%. Lembre-se: na dúvida, consulte seu médico e converse sobre as opções disponíveis no mercado.

Para saber se você está com a infecção neste momento, dois testes são os mais indicados: o RT-PCR e o de antígeno. Ambos são realizados por meio da análise de amostra swab nasal ou da nasofaringe e/ou orofaringe na fase inicial da doença. A diferença é que o RT-PCR detecta o RNA do vírus e é analisado em equipamento de biologia molecular dando resultados em alguns dias, enquanto o de antígeno busca fragmentos (proteínas) do vírus, dando resultados em 15 minutos. Caso você apresente sintomas da doença, procure seu médico para realizar o acompanhamento adequado.

Não. Os testes sorológicos não são indicados para o diagnóstico da infecção atual. Resultados negativos neste tipo de testes indicam apenas que você não tem anticorpos contra COVID-19 presentes naquele momento. Para saber se você está com uma infecção ativa é preciso realizar testes moleculares, como o RT-PCR, ou o teste de antígeno que pode ser rápido ou laboratorial.

Laboratórios privados e redes de farmácia oferecem opções de testes para o consumidor, sem pedido médico. Mas mais importante do que um resultado negativo, é saber o que fazer caso o resultado seja positivo. Por isso, é sempre importante conversar com o seu médico sobre o melhor caminho para cuidar da sua saúde.

A recomendação para assintomáticos - sem sintomas - é realizar o teste quando tiver contato recente com pessoas com diagnóstico positivo para COVID-19.

Sim. Se você suspeita que está com COVID-19 e o resultado deu negativo, é indicado iniciar o isolamento e repetir o exame de acordo com recomendação do seu médico, devido a dinâmica da carga viral do vírus e a dificuldade de saber exatamente o momento em que se contraiu a infecção. Lembre-se de sempre conversar com o seu médico sobre a sua situação. Juntos vocês podem decidir os melhores caminhos para aprimorar os cuidados com a sua saúde.

Para avaliar a produção de anticorpos após infecção prévia ou vacinação, o teste mais indicado é o de anticorpos quantitativo, pois ele foi desenvolvido para mensurar os anticorpos produzidos contra a proteína spike do novo coronavírus, mesmo alvo utilizado pela maioria das vacinas disponíveis no mercado. O teste possui alta correlação com os anticorpos neutralizantes do vírus, que estão envolvidos na resposta imune contra a COVID-19.

Importante ressaltar que ainda não existe uma definição da quantidade mínima de anticorpos neutralizantes necessária para comprovar a proteção imunológica contra a infecção pelo SARS-Cov-2. Dessa forma, os testes de anticorpos não devem ser utilizados para determinar a efetividade da vacinação.

Não. A resposta imune à vacina é um processo complexo que envolve diversos mecanismos e acontece de forma diferente de indivíduo para indivíduo. Até o momento não há recomendação formal do uso dos testes de anticorpos para aferir resposta imune vacinal.

Não podemos afirmar com certeza. Ainda estamos aprendendo sobre o comportamento do SARS-CoV-2 e como se dá ao certo a resposta imune após uma infecção e vacinação. Já foram registrados casos de reinfecção e sabe-se que a vacinação não elimina as chances de uma infecção. Observa-se que diante da presença de anticorpos, seja por infecção prévia ou vacinação, o combate a infecção tende a ser realizado de maneira muito mais eficaz diminuindo as chances de quadros mais graves da doença. Ainda faltam evidências científicas que relacionem a presença de anticorpos à proteção imunológica.

Sim, você pode estar infectado e deve seguir todas as recomendações de isolamento social e higiene, devendo ser acompanhado pelo seu médico para a melhor gestão da saúde.

Referências:

Mais histórias

ContatoLocalizaçãoFacebookInstagramYouTubePerguntas frequentesMedicamentosCarreirasPolítica de Privacidade