Até recentemente, pensava-se que a DENMO, mais conhecida pela sigla em inglês, NMOSD, era considerada um subtipo da esclerose múltipla (EM); no entanto descobertas recentes indicaram que as doenças são distintas e, por isso, devem ser tratadas de maneiras diferentes, apesar de tantos sintomas em comum.
Essa distinção foi possível ser identificada em virtude do autoanticorpo sérico específico da DENMO, o anti-AQP4-IgG, detectado em até 80% dos pacientes. Já as pessoas com EM são sempre soronegativas1, confirmando, em termos clínicos, a condição diferenciada entre as doenças2.
Nesse cenário, é importante realizar o diagnóstico precoce para possibilitar o tratamento correto da doença, pois, se realizados de maneira tardia ou incorreta, pode ser ineficaz e até agravar a DENMO, prejudicando a qualidade de vida do paciente3,4.
Referências:
1. Layman´s guide to NMO. Sumairafoundation.org. https://sumairafoundation.org/laymans-guide-to-nmo/
2. Rogaczewska, M., Michalak, S. & Stopa, M. Differentiation between multiple sclerosis and neuromyelitis optica spectrum disorder using optical coherence tomography angiography. Sci Rep 11, 10697 (2021)
3. Eaneff S, et al. Patient perspectives on neuromyelitis optica spectrum disorders: data from the PatientsLikeMe online community. Mult Scler Relat Disord. 2017; 17:116-122
4. Wingerchuk DM, et al. International consensus diagnostic criteria for neuromyelitis optica spectrum disorders. Neurol. 2015; 85(2):177-189.