Impacto da NMO na sociedade

NMOSD é uma doença crônica, autoimune debilitante do sistema nervoso central, caracterizada por lesões inflamatórias principalmente nos nervos ópticos e na

medula espinhal³, com risco persistente de ataques/recaídas independente do tempo de duração da doença.¹¹

Os ataques, ou surtos, são os grandes responsáveis pelo acúmulo de incapacidade e por isso o grande foco do tratamento é o controle dos surtos (diminuir a frequência e severidade)¹⁷

IMPACTO DA DOENÇA

Dentro de 5 anos, 50% dos pacientes com NMOSD necessitam o uso de cadeira de rodas

e 62% dos pacientes apresentam cegueira⁸.

  • 83% param de trabalhar ou < horas de trabalho⁸

  • 80% sofreram o ataque durante o trabalho⁸

  • 46% param de dirigir⁸

A taxa de mortalidade no Brasil pode chegar até 34.3% em pessoas pretas e 8% em

pessoas brancas.³

POPULAÇÃO ACOMETIDA

  • 9 mulheres : 1 homem¹

  • Idade de início entre 30-40 anos¹

  • 3-5% dos casos de NMO são pediátricos, onde a idade de início média é de 12 anos¹⁰,¹¹,¹²

  • No mundo, assim como no Brasil, mostra-se uma prevalência média estimada de 2,3 casos para cada 100 mil pessoas¹³. 

  • A prevalência de NMOSD no Brasil varia conforme região geográfica e etnia e coloca o país como um dos locais com mais casos no mundo¹⁴,¹⁵, ¹⁶

  • Dados mundiais de epidemiologia relatam prevalência por raça de:²

CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO NO BRASIL

No Brasil, mulheres pretas e pardas têm menos acesso aos serviços de saúde, possuem um nível socioeconômico inferior e um menor nível educacional quando comparadas às mulheres brancas.

ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE: A proporção de pessoas que consultaram um médico nos últimos 12 meses é maior entre as pessoas brancas (74,8%) do que entre pretas (69,5%) e pardas (67,8%)⁴

Recorte da população mais prevalente, que são as mulheres pretas e pardas.

CENÁRIO SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL

DISCRIMINAÇÃO NA SAÚDE

Os ataques, ou surtos, são os grandes responsáveis pelo acúmulo de incapacidade e por isso o grande foco do tratamento é o controle dos surtos (diminuir a frequência e severidade)¹⁷

“De acordo com a PNS/2013, em 2013, havia 146,3 milhões de pessoas de 18 anos ou mais de idade no Brasil, e, destas, 10,6% (15,5 milhões) afirmaram que já se sentiram discriminadas ou tratadas de maneira pior que as outras pessoas no serviço de saúde, por médico ou outro profissional de saúde. Das pessoas que já se sentiram discriminadas no serviço de saúde, destacaram-se: as mulheres (11,6%); as pessoas de cor preta (11,9%) e parda (11,4%).”⁴


Referências bibliográficas:

1. Wingerchuk DM, et al. Lancet Neurol 2007;6:805–815; 

2. Hor JY, Asgari N, Nakashima I, Broadley SA, Leite MI, Kissani N, Jacob A, Marignier R, Weinshenker BG, Paul F, Pittock SJ, Palace J, Wingerchuk DM, Behne JM, Yeaman MR, Fujihara K. Epidemiology of Neuromyelitis Optica Spectrum Disorder and Its Prevalence and Incidence Worldwide. Front Neurol. 2020 Jun 26;11:501. doi: 10.3389/fneur.2020.00501. PMID: 32670177;

PMCID: PMC7332882; 

3. Papais-Alvarenga RM, Carellos SC, Alvarenga MP, Holander C, Bichara RP, Thuler LCS. Clinical Course of Optic Neuritis in Patients With Relapsing Neuromyelitis Optica. Arch Ophthalmol. 2008;126(1):12–16. doi:10.1001/archophthalmol.2007.26; 

4. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra : uma política para o SUS. 2017. Disponível em:


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