Descentralização do cuidado em saúde

Veja os principais motivos que levaram essas nações a apostar nessa mudança:

Reino Unido

• Reduzir a sobrecarga nos hospitais;

• Melhorar a integração entre os serviços de saúde;

• Oferecer um atendimento mais próximo, especialmente para idosos e pessoas com doenças crônicas.

Singapura

• Facilitar o cuidado contínuo para uma população que está envelhecendo;

• Controlar os custos com saúde;

• Investir em inovação e prevenção para melhorar a qualidade de vida.

Países Baixos:

• Tornar o paciente protagonista no seu tratamento;

• Criar soluções de saúde sustentáveis e eficientes;

• Diminuir a pressão sobre os hospitais.

Bélgica:

• Controlar os custos, sem abrir mão da qualidade;

• Melhorar o acesso à saúde em áreas rurais.

Políticas públicas eficientes: Facilitadores de políticas e estrutura legal adequados são cruciais. Os Integrated Care Systems (ICSs) do Reino Unido e os sistemas regionais de saúde de Singapura exemplificam a eficácia de políticas governamentais personalizadas.

Tecnologia e dados: O investimento em infraestrutura de saúde digital, como registros eletrônicos de saúde (EHRs), estruturas de interoperabilidade e plataformas de telessaúde, é essencial. Todos os quatro países alavancaram essas tecnologias para aprimorar a coordenação e a assistência ao paciente.

Infraestrutura em saúde: Desenvolver cuidados comunitários e, sempre que possível, estruturas de cuidados domiciliares, apoiadas por modelos de financiamento sustentáveis, é vital para escalar o cuidado descentralizado. A plataforma eHealth da Bélgica e as Primary Care Networks (PCNs) de Singapura demonstram a eficácia de priorizar o desenvolvimento de infraestrutura.

Treinamento: O desenvolvimento profissional contínuo é essencial para equipar os  profissionais de saúde com as habilidades necessárias para novas tecnologias e modelos de assistência.

Reino Unido: As internações hospitalares diminuíram em 800.000 (12%) em 2022 em comparação à 2019, enquanto as internações eletivas caíram em 21% e as internações de emergência em 9%.

Singapura: O programa MIC@ Home (Mobile Inpatient Care @ Home) economizou 7.000 dias de internação até meados de 2023, com as teleconsultas aumentando em 40% em 2022. Até 2023, o programa NCIS (National University Cancer Institute)-on-the-Go tem fornecido assistência com sucesso a mais de 2.000 pacientes com câncer, permitindo que eles recebam tratamento em casa ou em clínicas comunitárias próximas.

Países Baixos: O programa Better@ Home economizou € 2 milhões anualmente, enquanto a telessaúde aumentou o acesso à assistência médica em 20% em áreas remotas.

Bélgica: Um programa piloto em Flandres para pacientes com insuficiência cardíaca reduziu as readmissões hospitalares em 15%, enquanto o tempo geral de deslocamento para assistência médica rural na Bélgica diminuiu em mais de 60%, de uma média de 30–45 minutos para apenas 10–15 minutos.

Desenvolver uma política: Garantir apoio governamental e desenvolver políticas que promovam sistemas regionais de saúde e assistência centrada no paciente.

Investir em tecnologia: Estabelecer infraestrutura de saúde digital interoperável, incluindo EHRs e telessaúde, para aprimorar a coordenação da assistência.

Construir infraestrutura: Desenvolver centros regionais de assistência médica e/ ou programas de cuidados domiciliares para facilitar a transição da assistência hospitalar para a assistência comunitária.

Criar programas de treinamento e piloto: Investir em treinamento abrangente para profissionais de saúde para garantir o uso eficaz de novas tecnologias e modelos de assistência; lançar iniciativas piloto para coletar dados e ajustar modelos de Cuidado descentralizado com base em resultados do mundo real.

Levar o cuidado para mais perto das pessoas é mais do que uma tendência. É uma necessidade para garantir acesso, eficiência e qualidade no sistema de saúde.